blog do André Valente


270 filmes – #078 – Psicopata Americano
30/09/2009, 10:30
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#078 – Psicopata Americano (American Psycho) – 2000

Essa é uma das minhas cenas favoritas desse filme (que quem não gosta, odeia, e quem gosta defende fervorosamente e tem falas decoradas para várias ocasiões). E Patrick Bateman provavelmente foi o melhor personagem do Christian Bale. Pelo menos foi o último personagem que Bale fez que ri, se diverte, acha graça das coisas. Não consigo lembrar de nenhum outro filme que Bale tenha feito em que ele (e seu personagem) não tenha passado o filme inteiro chateado, bravo, angustiado. Nem um sorriso, nenhuma leveza. Uma enorme limitação de um cara muito talentoso.

A impressão que eu tenho é de que em Os Indomáveis, o Russel Crowe conseguiria fazer o personagem de Bale, mas Bale não conseguiria fazer o de Crowe. Em Inimigos Públicos, o Johnny Depp trocaria de papéis com ele e daria um banho na hora, mas Bale não conseguiria fazer o Dillinger. Robert Downey Jr conseguiria fazer um ótimo Batman, mas Christian Bale nunca conseguiria ser o Homem de Ferro. La de da, Christian, it’s fucking distracting!



270 filmes – #077 – Hot Rod
29/09/2009, 10:32
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#077 – Hot Rod (Hot Rod: Loucos Sobre Rodas) – 2007

Em algum momento nos últimos dez anos as pessoas esqueceram como se faz uma comédia. Entre as milhares de edições do Todo Mundo em Pânico, Besteirol Americano, Espartalhões e qualquer uma dessas porcarias, esse tal de Hot Rod se perdeu. E não é tão ruim. Não é assim, um filmão, mas perto das outras comédias que andam fazendo, até que dá pro gasto.

(O desenho foi feito meio que tendo o Guillaume Decaux em mente)



270 filmes – #076 – Tubarão
28/09/2009, 10:21
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#076 – Tubarão (Jaws) – 1975

Existem alguns filmes que são tão icônicos que eu fico meio com medo de desenhar. Tubarão é um desses. Mas quando bate a meia-noite e eu não tenho a menor idéia de que filme desenhar, eu aceito qualquer idéia que der na cabeça. Não sei se ficou legal, só tô feliz de ter terminado outro desenho.



270 filmes – #075 – Erin Brockovich
27/09/2009, 10:21
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#075 – Erin Brockovich (Erin Brockovich – Uma Mulher de Talento) – 2000

Eu conheço muita gente que odeia esse filme. Não consigo dizer que eu gosto mas, mais uma vez, fico um pouco impressionado com a versatilidade do Soderbergh. E a Julia Roberts só perde pro Tom Cruise na categoria “pessoa admirada mundialmente que em pouquíssimo tempo desperta nada além de repulsa”.



270 filmes – #074 – A Conversação
19/09/2009, 10:30
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#074 – A Conversação (The Conversation) – 1974

A Conversação é, sem dúvida, um dos melhores filmes do Coppola. É uma pequena jóia. Um filme em que o som é um dos personagens principais, e a paranóia é outro. É um dos filmes favoritos não só do próprio Coppola (mais que Apocalipse Now, que quase matou ele, e mais que os Poderosos Chefões) mas como também do Gene Hackman, que aprendeu a tocar saxofone só para o papel. O roteiro existia desde 1966, mas Coppola só conseguiu a grana depois de fazer Poderoso Chefão. Outro destaque é a música, que foi escrita e produzida antes do filme ser filmado, e Coppola sincronizou a edição à música, e não o contrário. Um verdadeiro crássico.

(Dedico esse desenho ao meu amigo Sattu, cuja técnica e trabalho são verdadeiras aulas.)



270 filmes – #073 – Um Dia de Fúria
18/09/2009, 12:31
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#073 – Um Dia de Fúria (Falling Down) – 1993

Ah, um filme icônico. É impossível chegar num McDonald’s tarde pro café da manhã e não lembrar dele. Todos os dias que a gente vive na metrópole da cidade urbana tem um pouquinho do William D-Fens esperando pra sair. E quebrar todo mundo. E o Joel Schumacher, hein? Que depois desse filme nunca mais fez nada que preste?



270 filmes – #072 – O Escafandro e a Borboleta
17/09/2009, 13:16
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#072 – O Escafandro e a Borboleta (Le Scaphandre et le Papillon) – 2007

Outro filme maravilhoso cuja experiência de assistir é um tanto terrível. A fotografia desse filme, sozinha, é uma obra de arte em si. Eu saí do filme jurando que Janusz Kaminski é gênio da raça e um deus entre os homens. Isto é, até assistir o Indiana Jones 4 e mudar de idéia completamente. Tsc, tsc, tsc.



O Ouroboros da Qualidade
17/09/2009, 02:38
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ouroboros-abre

Gosto todo mundo tem o seu, isso é fato. Mas além do gosto da gente, existe a qualidade inerente das coisas. Além da nossa opinião pessoal sobre uma obra, existe o nosso conhecimento técnico sobre o assunto, sobre as inovações que a obra apresenta, sobre o contexto histórico, etc, que permite que façamos um julgamento do que chamaremos aqui de qualidade da obra. Esta qualidade custa dinheiro, custa tempo e/ou dá trabalho. (Todas as coisas excelentes no mundo, assim como todas as coisas péssimas, usaram dois desses três elementos). Percebe-se, nessa qualidade, um esforço do artista para alcançar uma excelência, uma vontade de esconder os defeitos e nunca mostrar erros. E, no fim das contas, o gosto não se atrela a isso. Gostamos de um filme, uma pintura, uma música, sem importar o quanto custou, quanto tempo levou ou quanto trabalho deu. Não precisamos saber quantas horas Picasso passou pintando a Guernica pra fazer nosso juízo de gosto. Mas também, talvez até antes de descobrir nosso gosto pessoal, conseguimos olhar a Capela Sistina e reconhecer que é um trabalho de alta qualidade. Com o passar dos anos eu descobri que, pelo menos pra mim, a qualidade das coisas e o meu gosto por elas tem uma relação – estava lá, debaixo do nosso nariz o tempo todo. O que dificulta o processo todo é a régua que usamos para essas medidas.

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270 filmes – #071 – Up
16/09/2009, 12:25
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#071 – Up (Up – Altas Aventuras) – 2009

É incrível que a gente se emocione com bonequinhos sem narina, feitos de milhões de uns e zeros. Os bonequinhos são de mentira, mas a gente se emociona de verdade. Se me dissessem há dez anos atrás que um dia eu ficaria aos prantos no cinema, assistindo um filme sobre um velhinho que pôs sua casa pra voar com balões de hélio, eu mandava internar quem quer que tivesse dito tal sandice. Mas Up é lindo, simbólico, metafórico e divertido pra caramba.



270 filmes – #070 – Último Tango em Paris
15/09/2009, 15:10
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#070 – Último Tango em Paris (Ultimo Tango a Parigi) – 1972

Outro dia desses li uma entrevista com a Maria Schneider (Xináida, como diria Didi Mocó), em que ela dizia que se arrepende de ter feito Último Tango e que não faria de novo. Tá certo que ela teve uma vida difícil depois do filme, e bem possivelmente por causa do filme, mas a moça tinha talento. Não é qualquer uma que contracena com o Brando um filme inteiro e não fica completamente apagadinha.